19.10.06

Nomes prà história

Dr. Abílio da Costa Torres






Abílio da Costa Torres, nasceu a 13 de Maio de 1846, em Barrosas, filho de Joaquim da Costa Torres e de cândida Augusta Ferreira de Miranda.
Depois de fazer os primeiros estudos em Braga, rumou até Coimbra, onde cursou medicina, tendo-se formado em 30 de Julho de 1876.

Terminado o curso universitário, estabeleceu residência em Vizela, tendo desde logo participado activamente em várias organizações de índole social, sendo sócio instalador daquela que viria a ser a Real Associação Humanitária dos Bombeiros de Vizela. Foi ainda fundador de uma Banda Filarmónica, que mais tarde iria actuar na cerimónia do chegado do primeiro comboio a Vizela, no dia 31 de Dezembro de 1883.

Foi ainda membro da Comissão Recenseadora de Guimarães, Director Técnico do Estabelecimento Termal e Hidroterapeutico.
Escreveu “As águas sulfurosas de Vizela, estatística médica do estabelecimento termal e hidroterápico de Vizela”, tendo consultório médico no edifício de família, local onde se encontram hoje, os Serviços Locais da Segurança Social.











16.10.06

Partilhar - Hospital de Vizela (Fim)

Estas e outras dúvidas, levou a Misericórdia de Guimarães, a consultar vários famosos advogados, estes em 1882 e a Associação de Advogados de Lisboa, em 1884.
Como em tudo...cada cabeça sua sentença, os advogados solicitados e a própria Associação, deram pareceres diferentes, embora os pareceres dos Drs. Bento Cardoso e Avelino Guimarães mais se ajustassem à ideia do testador que, recordamos, “fundar uma casa de caridade ou misericórdia, nas Caldas de Vizela, a qual deveria ter em vista, de preferência, os pobres necessitados da minha freguesia de Moreira de Cónegos”.
Finalmente e depois de anos de hesitações, consultas e pareceres, a Misericórdia de Guimarães, pressionada por muitos vizelenses ilustres, optou pela construção, em Vizela, dum hospital geral, passando a preocupar-se com a escolha de um local adequado para um estabelecimento desta natureza.

Nomeou para o efeito 3 comissões sendo a ultima a dar conta do “recado” e assim, no dia 1 de Maio de 1888, o provedor informou a Mesa, ter já sido feita a escolha do terreno.
Com efeito, uma semana decorrida sobre a sua nomeação, a comissão (3ª), salientava que a sua escolha recaíra no único lugar que lhe pareceu “ reunir todos os requisitos necessários, de higiene, de economia, de situação e comodidade” ou seja o local denominado O Outeiro, situado na linha de demarcação das freguesias de S. João das Caldas, S. Miguel das Caldas e S. Paio de Moreira de Cónegos.
Dizia a comissão: “ o terreno, como convém a edificações desta índole, é moderadamente elevado em relação à bacia em que assenta a população, aberto a todos os ventos, sem contudo ser demasiado exposto, é seco, com subsolo sílico – argiloso, perfeitamente permeável, moderadamente quente, podendo ser fácil e abundantemente provido de agua potável, (...) a situação do terreno, é incontestavelmente a mais bela que possui esta povoação (...) as vantagens, pois, que este local oferece debaixo de todos os pontos de vista que se considere, são de tal ordem e tão evidentes, que o impõem a todos que o observem”.

E tinha razão a comissão, pois se olharmos, à distância de mais de 100 anos, temos de reconhecer, que o parecer não foi exagerado, porque o local, alcandorado em situação tão privilegiada, ainda hoje nos deslumbra com a contemplação de um surpreendente e alargado panorama