30.9.06

"Tesouros de Vizela"










Ponte Nova ou Ponte D. Luís I - 1911

Conhecida como ponte Nova, por contraponto com a Ponte Romana, conhecida desde tempos ancestrais como Ponte Velha, esta Ponte sobre o Rio Vizela, a escassos metros do Parque das Termas e fazendo frente com este, chama-se na realidade Ponte D. Luís.

Toda em granito, esta ponte foi reformulada nos anos 40, depois do grande ciclone que destruiu parte do Parque das Termas.

Ponte Nova ou Ponte D. Luís I - 2004

Igreja de S. João das Caldas - 1912

Igreja de S. João das Caldas - 2004

Porque a anterior Igreja - que se encontrava neste mesmo local e que tinha sido trasladada em 1725, do Lugar do Paço - se achava pequena, principalmente na época balnear, foi decidido construir a actual, construção essa que teve início por volta de 1902, estando totalmente concluída, nos finais de 1908.
Da primitiva Igreja chegam-nos ecos de escritos antigos referindo que possuis 4 altares: Altar-Mor e mais três dedicados à Senhora do Rosário, Senhora das Dores e Senhora do Carmo.
Na actual e após as obras de restauro, beneficiação e ampliação (o que veio dar muito mais conforto aos fieis que todos os Domingos enchem este templo) nunca é demais referir o seu riquíssimo Altar-mor, com retábulo em talha dourada, com anjos ladeando o trono central.

29.9.06

"Tesouros de Vizela"Edifício Torres Soares - 1910
Edifício Torres Soares - 2004

É um dos mais belos edifícios de Vizela. Foi moradia e consultório médico do Dr. Abílio Torres, figura ilustre e marcante da vida de Vizela. A ele se devem as maiores iniciativas a nível cultural e de engrandecimento de Vizela. Com efeito, o seu nome está ligado a inúmeros eventos e realizações de Vizela, como os Bombeiros Voluntários, Filarmónica, Termas, escolas e muitas outras obras de muito interesse para a rica história de Vizela. Os nossos pais não o esqueceram e, muito justamente, deram o seu nome a uma das mais importantes ruas de Vizela.
Que o seu nome perdure na história da nossa terra…
Hotel Sul - Americano - 1910
Hotel Sul - Americano - 2004

Foi mandado construir por José Pinto de Sousa e Castro, (filho de Joaquim Pinto de Sousa e Castro, grande benemérito vizelense, que empresta o seu nome a uma das ruas de Vizela, a Rua Joaquim Pinto), tendo sido inaugurado em 1903. Era um dos mais majestosos hotéis da altura e o único, dos muitos que Vizela tinha, que possuía luz eléctrica.
Esteve na posse da família Sousa e Castro até meados de 1949, passando então para a administração da Companhia de Banhos, ficando a família Sousa e Castro como accionista da Empresa Termal de Vizela.
É no momento considerado Hotel de três estrelas, o que lhe transmite um estatuto de invejável valor, sendo muito apreciado o facto (durante o Euro 2004 foi muito comentado por vários jornalistas e adeptos estrangeiros…) de as suas casas de banho estarem equipadas com água termal. No momento funciona ali um moderno e apresentável restaurante, que está aberto a toda a comunidade.

28.9.06

"Tesouros de Vizela"


Parque das Termas - 1910

Parque das Termas - 2004

Avenida principal do Parque das Termas ou Avenida das Tílias como então se chamava, vendo-se ao fundo o chafariz do Lago Pequeno

Intensamente frequentado por aquistas das termas e por gente que aqui se deslocava de toda a parte, o Parque das Termas oferecia uma vasta panóplia de arvores frondosas e robustas (o que ainda se mantêm apesar de tudo) como tílias, cedros, sequóias, carvalhos do norte (Quercus Ruber) de folhagem vigorosa, verde no verão e loira no inverno e outras famosas espécies, que proporcionam uma atmosfera de estranha, mas apetitosa frescura, nos dias de maior canícula.
Há necessidade de se olhar com outros olhos para este pulmão verde, o único da nossa terra e devolver-lhe o esplendor de outrora e a dignidade que merece.


Largo da Alameda – 1910

Praça da República - 2004

Aspecto do Largo da Alameda, outro dos nomes que a Praça da República de hoje, usou ao longo da sua longa história. Note-se o tipo de iluminação, com candeeiro de bela traça.
Foi neste sítio da Alameda ou Lameira, (outro dos nomes que ostentou e pelo qual ainda hoje é, vulgarmente, conhecida) que se encontraram duas lápides dedicadas Bormanicus, o Deus das Águas Cálidas
A primeira nos finais do século XVIII e a segunda, em 1841.

Além destas duas Epígrafes, outros achados mais recentes (que não foram devidamente divulgados), mostram-nos todo o esplendor da Vizela de outros tempos.

27.9.06

"Tesouros de Vizela"

Igreja de S. Miguel - 1908


Igreja de S. Miguel - 2004

Igreja Matriz de uma das mais antigas paróquias do Arcebispado de Braga, pois no Concílio de Lugo, no ano de 569, no tempo dos Suevos, reinado do Rei Teodomiro, é uma das freguesias que se menciona como sendo da jurisdição de Braga.

É justamente considerada Imóvel de Interesse Concelhio (IIC), o que obriga à sua protecção por parte dos poderes autárquicos.

O seu interior é composto por vários altares em talha barroca, sendo um deles dedicados à Nossa Senhora das Candeias e um outro a Santa Teresa.
Por se achar pequena, foi reformada em 1727 e, mais tarde, em 1765, pela mesma razão, foi o seu corpo principal aumentado e transformado.



Praça do Mercado - 1909


Praça da República - 2004

No centro da cidade, teve ao longo da sua história os mais diversos nomes, Praça do Mercado, Largo Franco Castelo Branco ou somente João Franco, Largo da Lameira, Largo da Alameda e o actual Praça da Republica. Ali apareceram os primeiros banhos termais e no subsolo parte um túnel, que conduz as águas termais até à Companhia de Banhos.

25.9.06

"Tesouros de Vizela"
Bairro Mourisco - 1905

Bairro Mourisco - 2004

Actual Rua Dr. Armindo Freitas Ribeiro de Faria; esta rua caracteriza-se por possuir alguns dos mais belos palacetes de Vizela, quer de um, quer de outro lado da rua, construídos quase todos nos finais do Século XIX, logo após o nascimento da Vizela moderna. Nobres famílias, aproveitando os benefícios que as águas termais prodigalizavam, iam-se instalando e construindo em Vizela.
São desta época, algumas das mais belas casas que aqui se construíram e a permanência desta gente nobre deu a Vizela um estatuto que muita inveja provocou um pouco por toda a parte, a ponto de haver uma quase perseguição a tudo quanto fosse daqui oriundo.
Perseguição essa que durou até quase a dobragem do milénio…

Estação da CP 1906

Estação da CP - 2004

Esta Estação da CP, foi inaugurada em 31 de Dezembro de 1883, aquando da abertura da “secção da linha – férrea de Guimarães, da Trofa a Vizella”, conforme nos dá conta Pinho Leal, no seu Portugal Antigo e Moderno, publicado em 1890.
Como curiosidade recordemos que Vizela foi terminal de linha durante 114 dias, uma vez que o Caminho-de-ferro só chegou a Guimarães em Abril de 1884.
Reformada em 1932, esta estação foi premiada inúmeras vezes pelo desvelo e carinho com que os seus jardins eram tratados, em flagrante contraste com os tempos de agora, em que o desleixo e o abandono parecem ser imagem da marca da CP (ou REFER), um pouco por toda a rede ferroviária.

24.9.06

“Tesouros de Vizela”

Numa louvável iniciativa, para assinalar o Dia Mundial do Turismo, os Serviços de Turismo da Câmara Municipal de Vizela, em colaboração com a Fundação Jorge Antunes, vão organizar a exposição “Tesouros de Vizela”. Constituída por uma série de fotografias antigas e actuais dos pontos mais característicos de Vizela, esta iniciativa se bem que louvável, peca por repetida o que denota, provavelmente, alguma falta de imaginação dos responsáveis. Com efeito, não obstante defender que nos devemos orgulhar do passado, corremos o risco de se pensar que não possuímos presente e muito menos…futuro.

Apenas para recordar: a primeira vez que se fez uma exposição deste tipo foi em 1983, com cerca de 100 fotografias antigas (partir de postais antigos) e outras tantas actuais, exposição levada a cabo pelo autor deste blogue, exposição essa que foi repetida 2 anos depois, a pedido de muita gente e porque se vivia em Vizela uma época de exaltação bairrista. Alguns anos depois, em 1994 e desta vez, porque se achou que era altura da Secção de Fotografia da Casa do Povo de Vizela mostrar um trabalho deste tipo, foi feita nova exposição, com novas fotos (entretanto já tinha comprado mais postais antigos…).

Em 2004,a pedido Comissão de Festas foi feita nova exposição, que esteve patente no Jardim Manuel Faria, durante os dias das Festas 2004.

Como a anunciada exposição (a julgar pelos anos anteriores) só estará patente um único dia, permito-me levar aos visitantes deste blogue a totalidade da exposição acima referida
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Rua Joaquim Pinto – 1901

Rua Joaquim Pinto - 2004

Com casario construído nos finais do século 19, esta rua foi feita em terrenos de Joaquim Pinto de Sousa e Castro, proprietário benemérito que doou também o terreno para a Escola de S. João, construída no ano de 1888, depois de autorizada pelo governo em 1886 (contra a vontade da Câmara de Guimarães…).Para ajudar à construção dessa escola foi criada em 1886 uma comissão composta pelos Srs. Dr. Abílio Torres, Dr. Forbes de Almeida, António Tavares Basto, António Xavier da Silva Coutinho e Joaquim Pinto de Sousa e Castro, que entre muitas outras iniciativas de angariação de fundos, organizou uma matiné musical. No ano seguinte, a mesma comissão promoveu um grande bazar de prendas no parque. Com o produto destas vendas e outros donativos, foi-se construindo o edifício escolar que chegou aos nossos dias

Rua Dr. Abílio Torres – 1904

Rua Dr. Abílio Torres - 2004

No sentido Norte Sul, a Rua Dr. Abílio Torres apresenta-nos um belo conjunto de casa construídas nos finais do Século XIX, sendo visíveis, à esquerda, em primeiro plano, as portas do quartel dos Bombeiros Voluntários de Vizela, onde presentemente se situa o Banco Millenium BCP. Visíveis ainda algumas moradias de fino recorte e bela traça, o que faz desta rua um autêntico museu que urge tratar e preservar.