28.8.06

Parque das Termas (I)

Porque cada vez mais, agora que o têxtil se vai
arredando da nossa região, se torna imperioso, essencial e absolutamente necessário relançar o turismo, nomeadamente o turismo termal, trazer a este espaço um local que está no âmago de cada vizelense e que todos gostariam de ver – efectivamente – revitalizado, quase se torna uma obrigação minha, [o que faço com muito gosto] esperando que os novos responsáveis por aquele espaço (Câmara Municipal de Vizela, após o protocolo assinado com a Companhia de Banhos de Vizela) dêem seguimento àquilo que foi prometido a todos os Vizelenses, quer na altura da assinatura do protocolo, quer depois em declarações à Comunicação Social

O parque das Termas em Caldas de Vizela, foi criado entre 1884 e 1886, pelo famoso horticultor portuense José Marques Loureiro, proprietário do Horto das Virtudes e pelo jardineiro paisagista Jerónimo Monteiro da Costa, autor dos Jardins Arca d`Água, do Carregal e de outros jardins da cidade invicta.
Como toda a gente sabe, o Parque actual [ainda] apresenta
sinais preocupantes de degradação, com a invasão de eucaliptos (que voltaram a nascer depois da grande "carecada" dada por ordem da C.B.V.), acácias, giestas e muitas ervas daninhas, (pese embora alguma limpeza - um tanto apressada - ) além das poluídas águas do Vizela, que assombram o bucolismo que se pretende para o local. Mas as arvores que José Marques Loureiro plantou há mais de 120 anos, atingiram um desenvolvimento luxuriante, emprestando ao local uma imponência e solenidade únicas. Poucos parques ou jardins existem com uma concentração tal de árvores gigantescas: Araucárias, Liriodendrons Tulifera, Liquidámbars, Querqus Ruber, Sequoias, Mangnólias Grandiflora e muitas outras espécies fazem deste “nosso” parque um local único de visita obrigatória.

3 comentários:

Anónimo disse...

O PULMÃO de Vizela que necessita de ser preservado para bem de toda a comunidade. Todos devemos contribuir para que este espaço verde e natural seja um pequeno "paraíso", onde nos possamos refugiar e disfrutar a sua paz, após um dia ou semana de trabalho.

Anónimo disse...

O que existe de maior valor no parque são as árvores gigantescas que falou, e que bonito que seria se estivessem identificadas com uma placa...
E como estará a saúde destas imponentes árvores? Pelo menos uma serve de suporte a fios e caixa eléctrica...
Para mim o objectivo prioritário deveria ser o "ordenamento" das espécies florestais existentes e reflorestação, mas por alguém tão competente ou mais do que quem o criou em 1884.

Anónimo disse...

Muito interessante o seu blog. É bom ler artigos de uma terra que tem muito que contar e então este parque... Lembro-me dele de miúda, o meu pai ainda diz que tomava banho nesse rio...parece-me impossível, mas acredito que sim. Quanto ao Parque em si, deveria ser uma forte aposta recuperá-lo ao nível das espécies vegetais e ao nível do espaço público.

Quanto às espécies que referiu
Arucárias (Araucaria), Liriodendrons Tulifera (Liriodendron tulipifera), Liquidámbars (Liquidambar styraciflua), Querqus Ruber (Quercus rubra), Sequoias, Mangnólias Grandiflora (Magnolia grandiflora)e muitas outras como Camellia japonica, Platanus orientalis, Sequoia sempervirens devem-se multiplicar pelos espaços vazios e onde se deveria reflorestar.

Se calhar já deve conhecer, mas já agora deixo-lhe umas moradas de artigos também muito interessantes do Parque da Termas de um blog que todos os dias tem uma história nova para contar.
http://dias-com-arvores.blogspot.com

artigos:
http://dias-com-arvores.blogspot.com/2004/08/o-parque-de-vizela-120-anos-depois.html
http://dias-com-arvores.blogspot.com/2004/08/vizela-em-1886.html
http://dias-com-arvores.blogspot.com/2004/08/essa-alegria-s-prometida-s-aves.html
http://dias-com-arvores.blogspot.com/2006/02/salix-babylonica-vizela.html
http://dias-com-arvores.blogspot.com/2006/02/sequias-em-vizela.html