11.8.06


S. João das Caldas

Já vimos, em escritos anteriores, quais as origens de S. João das Caldas e de uma forma um tanto aligeirada, falamos de um dos mais importantes pergaminhos desta freguesia: a Fábrica de Papel de Origem Vegetal, que funcionou, até à sua destruição, na margem esquerda do Vizela, na Cascalheira.

A Igreja actual, que recentemente, sofreu obras importantes, visando o conforto e aumento da capacidade de receber os seus fiéis, levadas a cabo pela força de vontade do actual pároco José Machado, foi construída entre 1904 e 1906.

Além da capela da Senhora de Lurdes, que se achava situada num pequeno outeiro e que foi destruída por sacrilégica mão, (sem que as autoridades desta terra e deste país se interessarem em punir o responsável pela destruição daquilo que é património de todos…) já depois de ter sido reconstruída pela autarquia de S. João, existiu ainda uma outra dedicada à Senhora da Lapa, junto da Ponte Romana que, já em 1752 se encontrava profanada e a servir de habitação.

Na nobre casa do Paço de Gominhães (a que nos referimos mais adiante) existe uma outra capela, esta dedicada à Nossa Senhora de Jerusalém.

Possui este freguesia muitas casas nobres, a maioria delas, construídas nos finais do século dezanove, em bela traça granítica, com janelas e portas, uma ogivadas e outras em semi-volta, varandas ornamentadas com bonitos rendilhados em ferro fundido, ostentando a sua maioria a data da sua construção, quer nos rendilhados das varandas, quer no frontispício da casa.

Erecto nesta freguesia, fica o Paço de Gominhães, que foi honra por D. João I e confirmada por D. Duarte, em 27 de Agosto de 1434: “ A um Francisco Soares de Aragão, concedeu D. Diniz para elle e sues descendentes, em 2 de Setembro de 1317 (1279 de Christo), o foro do solar conhecido, com todas as honras e jurisdições, privilégios, isenções e prerrogativas, que os príncipes e os infantes costumam gozar. E ainda que elle ou algum dos seus descendentes praticasse crime ou vício de qualquer qualidade, não perderia por isso a sua nobreza, nem fidalguia, nem bens!!...”

Esta carta de honra foi, posteriormente, confirmada por D. João III, em 2 de Março de 1534 (…)

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