1.9.06

Sedas Vizela – o que resta...

Foi durante muitos anos uma das maiores e melhores empresas da região, dando emprego a centenas de famílias de Vizela e arredores.
Foi ainda a “mãe” de muitas outras que vieram a seguir.
Proporcionou criação de riqueza e levou o nome de Vizela a muitas paragens deste País.
O seu nome e nome do seu fundador corriam Portugal de lés a lés.
Infelizmente, por razões que não cabem nesta crónica, veio a morrer ingloriamente, lançando no desemprego algumas centenas de pessoas.
Depois de várias tentativas de viabilização resta apenas o esqueleto enorme, abandonado, alcandorado em colunas enormes sobre casas e ruas desta cidade, que todos queremos ver crescer e desenvolver.
E o passado, por mais glorioso que possa ter sido, não se compadece com as necessidades do presente e do futuro...

Se, durante anos se lamentou (e criticou) quer a sua construção, quer a sua localização, com o argumento que travava o normal crescimento da terra, não faz sentido que agora que está abandonada, continue a ser uma monstruosidade dentro da cidade, tornando-se urgente uma solução que permita a sua reconversão, possibilitando um crescimento mais harmonioso da cidade, de encontro ao verdadeiro desenvolvimento que se pretende seja rápido e eficiente.
A sua construção, assente em inestéticas colunas, assombra a paisagem e se, noutros tempos, mercê das necessidades de laboração, geradora de riqueza e de mais valias para muitas famílias teve de se tolerar e aceitar, no presente isso já não acontece e assim sendo, torna-se imperioso, por parte de quem decide dos destinos desta cidade e deste município, decisões rápidas, sensatas, decisivas, concretas e correctas, procedendo à sua demolição (principalmente as zonas que estão sobre ruas e casas) convertendo aquele espaço numa fonte de desenvolvimento e crescimento. E nem a mira de hipotéticos negócios de ocasião, que possam ser acenados por um prato de lentilhas, poderá obstar ou travar as decisões que mais possam interessar a Vizela.
E o que interessa a Vizela, neste momento presente, é o seu desenvolvimento, o alargamento da cidade, sem monstruosidades a assombra-lo.
E não se diga que o momento não é oportuno, que ainda é muito cedo para fazer crescer a nossa cidade, unindo a zona da Ponte Romana, de forma harmoniosa, com jardins e avenidas, à zona do Chambers e do ex. Externato de Vizela, que prevejo no futuro, venha a ser uma zona de grande beleza e de grande interesse para Vizela, construindo na suas instalações uma casa de cultura, museu e demais estruturas de interesse fundamental, para todos os munícipes do Concelho de Vizela.

A proximidade com o antigo Mourisco Club, com a Ponte Romana, a possibilidade de dar outro esplendor à casa onde viveu o Dr. Pereira Reis e a conversão de todo o espaço envolvente, leva-nos a desejar uma rápida e eficaz decisão, que não pode nem deve ser contrariada por interesses escuros e mesquinhos.

2 comentários:

Anónimo disse...

Tudo isso viria a valorizar a freguesia de S. Joâo.
Esperemos que pessoas de boa vontade, vejam mais que o lucro, e invistam numa zona "histórica" para o bem do património cultural de Vizela.

JM disse...

Concordo, mas acrescento que as zonas históricas dão lucro.