10.10.06

Partilhar - Hospital de Vizela (II)
(...) José Diogo Mascarenhas Neto, na Memória sobre as Antiguidades de Caldas de Vizela (1888) expõe a ideia “ da fundação de um hospital em Vizela, indicando com esta denominação apenas um pequeno estabelecimento termal, para os enfermos fazerem uso dos banhos.
Assim, nos princípios do século passado, (cerca de 1830) funcionou um albergue, fundado e mantido por uma comissão de vizelenses que para tão caridoso fim, agenciavam donativos.

Ali recolhiam e sustentavam, durante a estação balnear, enfermos pobres que necessitavam de banhos.

Em 1848, a Câmara de Guimarães, para explorar uns banhos no local onde estava esse “albergue” procedeu à demolição do dito, com a promessa de fundar, no mesmo local um outro, com condições mais condizentes com o fim a que se destinava”. O certo é que, até aquela data (1888) ainda não tinha cumprido a promessa. (sabemos hoje que nunca cumpriu).

E continua Mascarenhas Neto: “vai porem, Vizela, ter um bom hospital, graças a um cidadão benemérito que longe da pátria, não se esqueceu da miséria e da pobreza.
Aquele cidadão benemérito foi, António Francisco Guimarães, filho de Manuel Fernandes Dias e de Dª. Maria Francisca, natural de S. Paio de Moreira de Cónegos
Em tenra idade foi, como tantos patrícios nossos, para as terras de Santa Cruz, em demanda de fortuna; depois de longos anos de trabalho persistente e honrado, felizmente encontrou-a, mas aí perdeu a vida.
Faleceu a 16 de Julho de 1873, na cidade de Campinas, sendo ali sepultado no cemitério do Santíssimo Sacramento.
Viveu e morreu longe, muito longe da pátria, mas como bom patriota, jamais a esqueceu. Pelo contrário, amou-a sempre com filho extremoso até aos últimos dias da sua vida e no seu testamento, feito e aprovado em 4 de Agosto de 1868, a instituiu por herdeira de uma grande parte da sua fortuna (...)

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